Ser um artista é mais do que criar obras de arte. É ter a capacidade de, através delas, intuir a dinâmica do que é
existir.
Mais do que ser um criador, um artista é quem torna a imagem a própria existência, logo a importância das obras
enquanto criação de novas imagens para nossa fruição estética, cede o lugar à importância das potencialidades
sugestivas destas enquanto estímulo à reflexão, ou melhor, à intuição dinâmica do que é ser um indíviduo.
Enquanto artista, como na sua obra, não há lugar para enfatismos mificadores, Duchamp mostra-se como indíviduo
exemplo.
Há que haver uma noção de obra como processo.
A obra é uma realidade cultural cuja significação depende, sobretudo, da sua interação com o espetador.
Quem legitima o que é uma obra de arte?
Os artistas plásticos, críticos de arte, agentes de arte.
O enquadramento teórico, e também a exposição em museu, galeria, ou seja, lugares legitimadores da arte.
O contexto institucional é que legitima a obra de arte: a instituição.
E o distanciamento histórico é parte fundamental.
A obra de arte é saber em aberto. É orgânica.
A história é saber em aberto. É dinâmica.
O que legitima a obra de arte é:
O autor, a instituição, o espetador, a heteroreferencialidade, e os discursos de legitimação da arte.
- Os discursos de legitimação de arte, a história de arte, a crítica da arte, a estética, sociologia da arte, a antropologia da
arte, etc... Também o enquadramento teórico da obra a legitima, e ainda...
- A instituição, as galerias de arte, os museus entre outros.
Os artistas plásticos.
- O autor da obra.
- O espetador.
- A heteroreferencialidade, isto é se a obra é referível a vários contextos, pois se ela for apenas válida em um contexto
temporal ela é homoreferencial. A sua relação épocal é também o que a legitima como obra de arte.
A arte apropriou-se da vida.
Arte é simulacro/ será sempre uma ilusão.
Há que criar singularidade. E a aculturação é muito importante.
"Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver."
